A Stripe acabou de fazer um grande movimento no espaço Web3 – lançando suporte para moedas estáveis como USDC e USDB em 101 países. As empresas agora podem enviar, receber e manter moedas estáveis com a mesma facilidade que o fiat, graças em parte à aquisição da Bridge pela Stripe em 2023, uma startup de infraestrutura de cripto.
Surpreendentemente, 25 países africanos foram incluídos – mas não a Nigéria, o Quênia, a África do Sul ou o Egito. Essa é uma omissão ousada, especialmente porque a Nigéria é a maior economia da África e abriga a Paystack, uma das empresas do próprio portfólio da Stripe.
Então, por que os “Quatro Grandes” da África foram deixados de fora?
Uma palavra: regulação.
Na Nigéria, as criptomoedas têm uma relação complicada com os reguladores há muito tempo. Depois de anos de restrições, o Banco Central levantou a sua proibição sobre o setor bancário relacionado com criptomoedas no final de 2023. Mas em março de 2025, uma nova lei de investimento classificou ativos digitais como valores mobiliários e deu ao Banco Central total controle sobre quem pode emitir ou gerir moedas estáveis. Para a Stripe—ou qualquer fintech global—isso significa navegar em um ambiente de licenciamento recém-complexo.
O Quénia ainda está a finalizar o seu primeiro quadro legal para criptomoedas, que colocaria o Banco Central do Quénia encarregado de tudo, desde fornecedores de carteiras até emissores de moeda estável. A África do Sul, apesar de ser um hotspot de criptomoedas, ainda não integrou as moedas estáveis nas suas regulamentações financeiras ao abrigo da Lei FAIS. O Gana, por sua vez, ainda está a redigir a sua Lei dos Fornecedores de Ativos Virtuais, prevista para o final de 2025.
A Mensagem da Stripe é Clara: Sem Clareza, Sem Entrada
Isto não é um desprezo – é um sinal. A Stripe está a priorizar a conformidade e a certeza regulatória, escolhendo mercados menores mas mais amigáveis para as criptomoedas como Angola, Gâmbia, Togo e Zâmbia em detrimento de gigantes que ainda estão a resolver as suas regras sobre criptomoedas.
A ironia?
A Nigéria tem uma das maiores taxas de adoção de criptomoedas a nível global, e suas startups moldaram alguns dos produtos fintech mais influentes da África. Mas a inovação sozinha não é suficiente – sem regulamentos fortes e estáveis, até os principais mercados podem ficar de fora.
A Conclusão
Estamos a ver duas grandes tendências a colidir: a popularização das moedas estáveis e a crescente importância da preparação regulatória. As moedas estáveis já não são apenas ferramentas de negociação – estão a tornar-se fundamentais para o futuro dos pagamentos globais. Mas esse futuro será controlado pelos governos.
Até que os reguladores construam melhores pontes, mesmo os mercados mais promissores podem se ver observando da linha lateral.
This page may contain third-party content, which is provided for information purposes only (not representations/warranties) and should not be considered as an endorsement of its views by Gate, nor as financial or professional advice. See Disclaimer for details.
STABLECOINS | A estratégia de Stablecoin da Stripe ignora os maiores centros de Fintech da África – Aqui está o porquê isso importa
A Stripe acabou de fazer um grande movimento no espaço Web3 – lançando suporte para moedas estáveis como USDC e USDB em 101 países. As empresas agora podem enviar, receber e manter moedas estáveis com a mesma facilidade que o fiat, graças em parte à aquisição da Bridge pela Stripe em 2023, uma startup de infraestrutura de cripto.
Surpreendentemente, 25 países africanos foram incluídos – mas não a Nigéria, o Quênia, a África do Sul ou o Egito. Essa é uma omissão ousada, especialmente porque a Nigéria é a maior economia da África e abriga a Paystack, uma das empresas do próprio portfólio da Stripe.
Então, por que os “Quatro Grandes” da África foram deixados de fora?
Uma palavra: regulação.
O Quénia ainda está a finalizar o seu primeiro quadro legal para criptomoedas, que colocaria o Banco Central do Quénia encarregado de tudo, desde fornecedores de carteiras até emissores de moeda estável. A África do Sul, apesar de ser um hotspot de criptomoedas, ainda não integrou as moedas estáveis nas suas regulamentações financeiras ao abrigo da Lei FAIS. O Gana, por sua vez, ainda está a redigir a sua Lei dos Fornecedores de Ativos Virtuais, prevista para o final de 2025.
A Mensagem da Stripe é Clara: Sem Clareza, Sem Entrada
Isto não é um desprezo – é um sinal. A Stripe está a priorizar a conformidade e a certeza regulatória, escolhendo mercados menores mas mais amigáveis para as criptomoedas como Angola, Gâmbia, Togo e Zâmbia em detrimento de gigantes que ainda estão a resolver as suas regras sobre criptomoedas.
A ironia?
A Nigéria tem uma das maiores taxas de adoção de criptomoedas a nível global, e suas startups moldaram alguns dos produtos fintech mais influentes da África. Mas a inovação sozinha não é suficiente – sem regulamentos fortes e estáveis, até os principais mercados podem ficar de fora.
A Conclusão
Estamos a ver duas grandes tendências a colidir: a popularização das moedas estáveis e a crescente importância da preparação regulatória. As moedas estáveis já não são apenas ferramentas de negociação – estão a tornar-se fundamentais para o futuro dos pagamentos globais. Mas esse futuro será controlado pelos governos.
Até que os reguladores construam melhores pontes, mesmo os mercados mais promissores podem se ver observando da linha lateral.