Do mercado de ações à tokenização: a evolução e os desafios da regulamentação financeira nos Estados Unidos
O desenvolvimento do mercado de ações público nos Estados Unidos pode ser descrito como cheio de altos e baixos. Nos primeiros tempos, qualquer pessoa poderia arrecadar fundos para projetos através da venda de ações ao público, prática que atingiu seu auge na década de 1920. No entanto, com o colapso do mercado de ações em 1929 e a Grande Depressão que se seguiu, o Congresso aprovou uma série de leis para regulamentar o mercado de ações público, sendo as mais conhecidas a Lei de Valores Mobiliários de 1933 e a Lei de Câmbio de Valores Mobiliários de 1934. Essas regulamentações exigem que as empresas divulguem informações detalhadas sobre os negócios, publiquem demonstrações financeiras auditadas e tornem públicos eventos importantes ao oferecer ações ao público.
No entanto, essas regras são principalmente direcionadas a empresas listadas, com exceções para empresas privadas que não buscam financiamento público. Com o passar do tempo, essas exceções tornaram-se cada vez mais importantes. Hoje em dia, muitas empresas preferem financiar-se através do mercado privado, em vez de optar pela oferta pública. Isso levou a um fenômeno: algumas das empresas mais inovadoras e com maior potencial de crescimento, como certas empresas de tecnologia conhecidas, conseguem arrecadar bilhões de dólares em financiamento privado com avaliações de bilhões de dólares, sem precisar de uma oferta pública.
Esta tendência teve um certo impacto nos investidores públicos. Os investidores comuns têm dificuldade em participar diretamente nas oportunidades de investimento destas empresas privadas populares, tendo apenas a possibilidade de comprar ações fragmentadas a preços elevados através de canais cinzentos. Assim, nos últimos anos, surgiu um clamor para que o público possa investir mais facilmente nessas empresas privadas.
No entanto, resolver este problema não é simples. Algumas sugestões incluem simplificar os processos de listagem, aumentar os requisitos de regulamentação para empresas privadas e até reestruturar a economia e a distribuição de riqueza. Mas recentemente, uma proposta mais radical chamou a atenção: transformar as ações de empresas privadas em Tokens e vendê-las ao público através da "tokenização".
Esta abordagem levantou desafios às regulamentações de valores mobiliários existentes. Os defensores acreditam que isso pode dar aos investidores comuns a oportunidade de participar em investimentos em empresas privadas promissoras. No entanto, os críticos apontam que isso pode contornar as regras de divulgação de informações existentes, aumentando potencialmente os riscos de investimento.
Atualmente, algumas empresas de tecnologia financeira começaram a tentar lançar produtos de tokenização de ações, embora no momento estejam principalmente direcionados a usuários não americanos. Esses produtos incluem não apenas ações negociadas publicamente, mas também tokens de ações de algumas empresas privadas conhecidas.
Esta abordagem levanta uma questão fundamental: como equilibrar a expansão das oportunidades de investimento com a proteção dos investidores? Os apoiantes acreditam que o quadro regulatório existente é demasiado rígido, obstaculizando a inovação e a participação de investidores comuns. Mas os opositores temem que, na ausência de divulgação adequada de informações e regulamentação, os investidores possam enfrentar riscos excessivos.
Com o desenvolvimento da tecnologia financeira e as mudanças do mercado, as autoridades reguladoras enfrentam o desafio de como se adaptar à nova realidade. Se o futuro quadro regulatório se inclinará para a tokenização ou se reforçará a regulação do mercado privado ainda está por ser observado. De qualquer forma, ao buscar a inovação financeira, como garantir a equidade do mercado e a proteção dos investidores continuará a ser uma questão central.
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ETHReserveBank
· 07-08 17:52
Brincar com novas ideias? As oportunidades de arbitragem dos pros estão de volta.
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MoonRocketTeam
· 07-06 14:31
Esta onda de regulamentação pode levar a nave espacial à Lua, vamos ver depois~
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ImpermanentSage
· 07-06 14:30
Tokenização é uma armadilha.
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MetaMisery
· 07-06 14:25
Ainda jogar o quê sobre a regulamentação? Investidores de retalho são idiotas, não é?
A tokenização de ações desafia a regulamentação financeira americana, levantando controvérsia sobre o investimento público em empresas privadas.
Do mercado de ações à tokenização: a evolução e os desafios da regulamentação financeira nos Estados Unidos
O desenvolvimento do mercado de ações público nos Estados Unidos pode ser descrito como cheio de altos e baixos. Nos primeiros tempos, qualquer pessoa poderia arrecadar fundos para projetos através da venda de ações ao público, prática que atingiu seu auge na década de 1920. No entanto, com o colapso do mercado de ações em 1929 e a Grande Depressão que se seguiu, o Congresso aprovou uma série de leis para regulamentar o mercado de ações público, sendo as mais conhecidas a Lei de Valores Mobiliários de 1933 e a Lei de Câmbio de Valores Mobiliários de 1934. Essas regulamentações exigem que as empresas divulguem informações detalhadas sobre os negócios, publiquem demonstrações financeiras auditadas e tornem públicos eventos importantes ao oferecer ações ao público.
No entanto, essas regras são principalmente direcionadas a empresas listadas, com exceções para empresas privadas que não buscam financiamento público. Com o passar do tempo, essas exceções tornaram-se cada vez mais importantes. Hoje em dia, muitas empresas preferem financiar-se através do mercado privado, em vez de optar pela oferta pública. Isso levou a um fenômeno: algumas das empresas mais inovadoras e com maior potencial de crescimento, como certas empresas de tecnologia conhecidas, conseguem arrecadar bilhões de dólares em financiamento privado com avaliações de bilhões de dólares, sem precisar de uma oferta pública.
Esta tendência teve um certo impacto nos investidores públicos. Os investidores comuns têm dificuldade em participar diretamente nas oportunidades de investimento destas empresas privadas populares, tendo apenas a possibilidade de comprar ações fragmentadas a preços elevados através de canais cinzentos. Assim, nos últimos anos, surgiu um clamor para que o público possa investir mais facilmente nessas empresas privadas.
No entanto, resolver este problema não é simples. Algumas sugestões incluem simplificar os processos de listagem, aumentar os requisitos de regulamentação para empresas privadas e até reestruturar a economia e a distribuição de riqueza. Mas recentemente, uma proposta mais radical chamou a atenção: transformar as ações de empresas privadas em Tokens e vendê-las ao público através da "tokenização".
Esta abordagem levantou desafios às regulamentações de valores mobiliários existentes. Os defensores acreditam que isso pode dar aos investidores comuns a oportunidade de participar em investimentos em empresas privadas promissoras. No entanto, os críticos apontam que isso pode contornar as regras de divulgação de informações existentes, aumentando potencialmente os riscos de investimento.
Atualmente, algumas empresas de tecnologia financeira começaram a tentar lançar produtos de tokenização de ações, embora no momento estejam principalmente direcionados a usuários não americanos. Esses produtos incluem não apenas ações negociadas publicamente, mas também tokens de ações de algumas empresas privadas conhecidas.
Esta abordagem levanta uma questão fundamental: como equilibrar a expansão das oportunidades de investimento com a proteção dos investidores? Os apoiantes acreditam que o quadro regulatório existente é demasiado rígido, obstaculizando a inovação e a participação de investidores comuns. Mas os opositores temem que, na ausência de divulgação adequada de informações e regulamentação, os investidores possam enfrentar riscos excessivos.
Com o desenvolvimento da tecnologia financeira e as mudanças do mercado, as autoridades reguladoras enfrentam o desafio de como se adaptar à nova realidade. Se o futuro quadro regulatório se inclinará para a tokenização ou se reforçará a regulação do mercado privado ainda está por ser observado. De qualquer forma, ao buscar a inovação financeira, como garantir a equidade do mercado e a proteção dos investidores continuará a ser uma questão central.